Opinião

A Prostituição do Jornalismo

Por Carlos André



Adoro novidades, e algumas vezes me sinto como a Magali da turma da Mônica, devorando, ao invés de comida, todas as fontes de informações que vejo pela frente, numa enorme gula por conhecimento. Imagino quantos se sentem como eu.



Tanta informação, tantas notícias, novidades, tendências. A comunicação está tão rápida e de fácil acesso, que mesmo que pudéssemos nos clonar e multiplicar, como o personagem de Michael Keaton na comédia “Eu, minha mulher e minhas cópias”, de Harold Ramis, ou como o Naruto, personagem famoso de anime japonês, que consegue fazer vários clones seus, acho que ainda assim seria difícil acompanhar tudo que está acontecendo. Resta procurar as melhores fontes de informação e tentar aproveitar ao máximo o pouco tempo que temos para nos atualizar sobre o mundo.

Hoje, a televisão, o rádio, as revistas, os jornais, a internet são os lugares onde a maioria busca informação, e o jornalismo é o principal distribuidor de notícias. Ele sempre teve o poder de influenciar na cultura, política, e em vários campos do conhecimento. O problema é que pra conseguir audiência esse setor tem literalmente se prostituído demais. Falam em ser popular, usar a linguagem do povo, mas estão se vendendo fazendo um jornalismo sensacionalista, de fofoca, mentiroso, manipulador e de influência muito negativa.

Fico triste com tanta manipulação de depoimentos e comentários aumentados em 20 vezes sem importar se causará dor, revolta ou destruição desde que chame a atenção de nós, público ingênuo, que clica ou mantém no canal, compra mídia impressa, enfim, lê, ouve e assiste de tudo que chama a atenção mesmo sendo de maneira maliciosa e questionável.


A cada dia estou mais chocado com alguns que se dizem jornalistas. Passo mal só de olhar a capa de alguns jornais.



E o que é ser jornalista hoje?
Em minha opinião, um jornalista deveria transmitir a visão do que acredita em uma notícia e não transmitir da maneira que mais vende e a qualquer custo! Deveria medir os efeitos e consequências de suas matérias para ajudar seu público a abrir a mente e expandir conhecimentos, e não deixá-los mais ignorantes.



A nós, público, fica a missão de encontrar as limitadas fontes de informação confiáveis que ainda existem para alimentar nossa vontade de conhecer e protestar para que essa realidade um dia mude.